quarta-feira, janeiro 24, 2007

Papel... Qual papel?

Fico impressionada com a quantidade de papeis que é preciso para tratar de seja o que for neste País! Qualquer dia para irmos a casa de banho, é preciso preencher um requerimento assinado por um médico, carimbado pela direcção da clinica... Para limpar o rabo, preenche o anexo 2...
Ando há duas semanas com a cabeça zonza de tanta papelada que preciso de tratar. Dou por mim a sonhar com o Simplex que o Sócrates tanto fala! Concretamente, não tenho a sensação de ter a vida mais simples. Até a porcaria das Empresas na Hora só existem para me dar mais trabalho!
Será que ainda podemos sonhar com um mundo perfeito ou também há algum impresso para isso? Ah já sei, é uma fila de espera é isso. E eu perdi a minha senha. Tenho de tirar outra, ou então conformar-me que não há solução.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O ABC da minha vida...

Decidi aceitar o desafio de encontrar uma palavra por cada letra do abecedário depois de ler este post que mais uma vez me fez rir bastante.

A - Ah pois, agora convém ter imaginação para começar...
B - Banheira de hidromassagem... neste momento seria uma maravilha para as minhas costas
C - Casamento, um dia inesquecivel da minha vida
D - Dinheiro, não traz felicidade mas ajuda bastante
E - Educação, faz falta, muita falta
F - Familia, sem ela, não sou ninguém
G - Gaita, as previsões dos astros do jornal “O Metro” são a minha inspiração de cada dia (para quem não conhece, é mesmo o nome de quem as escreve)
H - Humanidade, será que esta palavra ainda tem sentido
I - Ilha da Armona: o meu local de férias predilecto
J - Jovem para sempre!
K - Kabe Ludo, Car Eka, chamem-lhe o que quiserem, é o meu mais que tudo
L - Lareira, o doce calor de uma lareira
M - Mudanças aproximam-se
N - Não, palavra de 3 letras que muitos adolescentes precisam ouvir com mais frequência
O - Obrigado, uma palavra pouco usada nos tempos que correm
P - Praia, um dos sitios onde recarrego energias
Q - Qualidade de vida é poder descansar quando me apetece
R - Raiva, o sentimento que tenho perante injustiças
S - Stress... esse bicho que não me larga!
T - Trabalhar para viver e não viver para trabalhar
U - Ups, estão quase a acabar as ideias
V - Vizinhos, adoro-os!
W - Wallpaper, gosto muito de trocar o wallpaper
X - Xu, diminutivo de “Amor” na linguagem dos Xu’s
Z - Zebra, esta não foi fácil mas consegui dar conta do recado


quarta-feira, janeiro 10, 2007

Sardinhas enlatadas

Não, não foi o meu jantar. É mesmo a maneira como me senti hoje no autocarro. Desde que começou o ano, só reclamo com os transportes públicos e peço desculpa por não mudar de assunto. Mas infelizmente para além de todos já conhecerem as histórias com os meus vizinhos (agora até me roubaram um par de meias velhas da corda... quando havia tanta roupa melhor para levar...), os transportes públicos também são uma das noias do meu dia-a-dia! Se calhar nasci para ser rica, andar de carro sem me preocupar com os aumentos do combustível e de estacionamento... ou então nasci e cresci na ilusão que é possível viver num mundo melhor.
Nesse meu sonho do mundo perfeito, quando um autocarro tem lotação completa fecha as portas e não entra mais ninguém. Os passageiros quando não têm lugar sentado, têm onde se agarrar e espaço suficiente para ninguém se encostar. As pessoas nem precisam de se preocupar se já não conseguiram entrar porque logo a seguir, vem outro autocarro. E todos sem stress seguem viagem...
E depois acordo e apercebo-me que já fui cercada. Já não me mexo mais, nem preciso de me agarrar pois o "aconchego" a que tenho direito impede-me de cair. Falta-me o ar, começo a suar. Fico pálida, sinto que vou desmaiar. Estamos quase a chegar! Fogo! Mais um sinal vermelho!
Quando finalmente chegamos ao destino, todos têm medo de não conseguir sair do autocarro e começam a empurrar quem está na frente. E depois... e depois pronto! O barco das 17h20 já foi e todos ficam à espera do próximo.
E para eu não me fartar, amanhã a história é a mesma e depois de amanhã também e será sempre assim!

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Greve

Para começar bem o ano e para variar do habitual, a Soflusa faz greve dia 5 e 8 de janeiro. Mas esta palavra "greve" para mim já não faz qualquer sentido. Para mim, "greve" é o dinheiro que eu gasto em transportes alternativos, é o transtorno da minha rotina quebrada. Porque para todos os efeitos existem 3 maneiras de lidar com isto:
  1. Apanhar os ditos transportes alternativos que eles disponibilizam, ou seja ir de autocarro até ao Seixal e apanhar o barco (em que o passe é igualmente válido mas não nos podemos esquecer do transito e do tempo que se leva de autocarro até ao Seixal...)
  2. Apanhar o comboio da Fertagus em Coina (paga-se o bilhete e não é nada barato)
  3. Esperar que o periodo de greve termine, chegar mais tarde ao emprego (duas horas) e da parte da tarde sair mais cedo (uma hora) para apanhar o barco de regresso antes que comece o novo periodo de greve.

Ora como é de imaginar nenhuma destas soluções é perfeita. Mas é assim que os utentes da Soflusa vivem todos os meses desde.... desde quando? Nem sei desde quando. Há demasiado tempo talvez ou será que sou a única a achar que isto já enjoa?

Eu sei bem que não vale a pena chatear-me com isto. Aliás a maior parte das pessoas já está de tal maneira habituada que leva isto na brincadeira. Mas sinceramente acho que há limites para tudo e isto claramente já passou dos limites há muito tempo! Mas como temos um País perfeito onde tudo é normal e tudo funciona às mil maravilhas, esta situação ainda mal começou.